O relator da ação na Corte, Luís Roberto Barroso, foi o primeiro a votar pela manutenção do rito do impeachment e foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O único voto a favor da aceitação dos embargos da Câmara dos Deputados foi do ministro Dias Toffoli. O ministro Gilmar Mendes tem a palavra neste momento.


Em seu relatório sobre os embargos de declaração, o ministro Barroso manteve, na integralidade, o acórdão sobre o julgamento da ação. "Assim se restabelece a verdade. A razão é serena; a desrazão é que precisa de gritos e ofensas", afirmou o ministro.


Nos embargos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), questiona a proibição de chapa avulsa e do voto secreto para a eleição da comissão especial que analisará o pedido contra a presidente Dilma Rousseff na Casa. O peemedebista também indaga a Corte sobre a autonomia dada ao Senado para arquivar o pedido depois de ele ser aceito pela Câmara.


Barroso rechaçou a possibilidade de a Câmara eleger os membros da comissão especial por meio de voto secreto e em chapa avulsa. Sobre a possibilidade de os parlamentares se candidatarem à comissão sem a indicação de seus líderes, Barroso afirmou que cabe aos partidos fazerem essas escolhas", argumentou.O ministro afirmou não fazer sentido que o representante de um partido fosse escolhido pelo plenário e não pelo líder da sigla. Ele ironizou que seria o mesmo que o representante do Corinthians junto à CBF fosse escolhido por outros times, ou se o representante do bairro de Copacabana fosse escolhido por outra localidadSobre a eleição por voto secreto, o ministro afirmou que a votação no caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, foi aberta. "Simbólica que tenha sido, a votação foi aberta. Portanto, a declaração do presidente não fará diferença", disse.Fonte: Ig